BARULHOS NA COZINHA



 

====================================================================================

Essa narrativa eu ouvi de uma colega de ginásio em 1980 e aconteceu com a tia dela em meados dos anos 70.

Naquela época, minha colega me contou que seus tios compraram uma casa velha em um dos bairros em Jacarepaguá (RJ).
Era uma casa grande e antiga com os cômodos (sala, quartos e cozinha) muito altos pois a casa era do início do século XX, e era costume naquela época fazer construções com o "pé direito" mais elevado.

A casa tinha um quintal e uma varanda muito grandes e depois de algum tempo morando lá, (ela não soube precisar quanto tempo) à noite começou a acontecer barulhos estranhos sempre na cozinha.
Barulhos de panelas caindo no chão, uma colher ou algum utensílio de plástico também caindo.
Esses acontecimentos ocorriam sempre depois das 23:00hs quando todos já estavam na cama.

Pela manhã do dia seguinte, ao entrar na cozinha, era verificado que às vezes estava tudo no lugar e em outras ocasiões os objetos estavam no chão.
Primeiro acharam que era o vento e fecharam o vitrô basculante, mas o problema persistiu, mas não acontecia todos os dias, então a tia dela falou:

- ratos!

Os ratos devem estar entrando na cozinha para procurar comida, e então colocaram veneno e ratoeiras, mas nada, não pegaram nehum rato naquela área.
Só que em uma noite quando a tia estava sozinha, ela ouviu vindo da cozinha o barulho de pratos e panelas batendo em um ritmo, tin tin tin tin ....

Então ela foi na ponta dos pés até a cozinha e acendeu a luz, e naquele instante viu os pratos, talheres e as tampas das panelas pulando, sendo que também podia ouvir uma voz baixa de uma criança mais ou menos de 6 a 8 anos cantando:

- Hoje é dia de festa, hoje é dia de festa, hoje é dia de festa!

Depois de se refazer do susto a tia gritou em tom severo:

- “Cala a boca seu viado que eu quero dormir !” (Foi assim que ela me contou).

E após ela dizer isso, as tampas, pratos e talheres em cima da pia e do fogão pararam de saltar e se bater.
Então eu perguntei a essa colega se o problema havia voltaqdo depois, e ela me contou que na época achava que não.

Posteriormente sua tia falando com vizinhos antigos, ficoui sabendo sem querer que no passado aquela casa abrigou uma família grande com muitas crianças ou um orfanato, mas que haviam muitas crianças na residência!


 

 

Marcelo Campos
Rio de Janeiro - RJ - Brasil
Contato:
assombracoes@gmail.com